Press release

Para alavancar resultados com IA, tecnologia precisa ser incorporada ao DNA corporativo, recomenda Bain

Para alavancar resultados com IA, tecnologia precisa ser incorporada ao DNA corporativo, recomenda Bain

Conheça seis pilares críticos para acelerar o uso de inteligência artificial generativa e transformá-la em vantagem competitiva sustentável.

  • agosto 07, 2025
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Para alavancar resultados com IA, tecnologia precisa ser incorporada ao DNA corporativo, recomenda Bain

Brasil, agosto de 2025 - A inteligência artificial generativa representa uma mudança profunda na forma como o trabalho é realizado e como as empresas criam valor. Mas, diferentemente de outras ondas tecnológicas, seus benefícios reais não vêm da simples adoção de ferramentas ou da experimentação isolada. O retorno só aparece quando as companhias reposicionam a IA no centro do seu modelo de negócios e redesenham seus processos com ambição e foco estratégico. 

Estudos da globais da Bain & Company mostram que menos de 20% das companhias escalaram seus esforços em IA generativa de maneira significativa. Muitas organizações não conseguem operar dessa forma e caem na chamada “armadilha da microprodutividade”: uma proliferação de pilotos e provas de conceito que geram ganhos pontuais, mas não escalam e trazem poucos resultados concretos. Nesse cenário, o maior desafio para organizações que já experimentaram a tecnologia é recomeçar a jornada com foco em resultados estratégicos escaláveis.

Segundo Lucas Brossi, sócio e líder da prática de inteligência artificial da Bain na América do Sul, a chave está em deixar de lado a mentalidade fragmentada e apostar na reinvenção estrutural do negócio. “As empresas que tratam a IA generativa como um projeto de inovação isolado estão desperdiçando seu potencial. O sucesso dessa jornada começa quando as companhias repensam estratégias, processos e modelo operacional como um todo. Nesse sentido, é preciso estabelecer prioridades claras, definir metas ousadas e integrar a IA à estratégia principal do negócio, tornando o uso da tecnologia parte de seu DNA”, explica.

Brossi ressalta que o envolvimento direto da liderança define o ritmo e o tom da transformação. “Com apoio de uma liderança ativa e engajada no topo da organização, sistemas de incentivo, metas de desempenho e programas de capacitação devem ser repensados para incorporar fluência em IA em todas as áreas do negócio. Sem esse compromisso claro, os esforços ficam isolados, fragmentados e perdem tração para gerar um impacto corporativo positivo. Nesses projetos, o patrocínio da liderança não é simbólico: é intencional, mensurável, contínuo e atrelado a resultados”.

Para colher resultados reais e evitar dispersão, os líderes de mercado concentram sua transformação em quatro ou cinco áreas estratégicas, onde os ganhos podem ser escaláveis e sustentáveis. Tais domínios variam por setor: no varejo, estão em áreas como personalização, criação de conteúdo e precificação dinâmica; na saúde, na descoberta de medicamentos e gestão regulatória; e em tecnologia, no ciclo completo de desenvolvimento de software. Em vez de buscar resultados pontuais, essas organizações pensam em sistemas de trabalho integrados, compostos por dezenas de casos de uso coordenados.

O que sustenta essa transformação é um modelo operacional robusto que inclua o redesenho de processos do zero e não apenas a sobreposição de ferramentas em fluxos de trabalho já quebrados. Isso inclui governança forte de dados, escalabilidade das soluções e equipes que operam em dois modos simultâneos: executar e transformar. Empresas líderes estão estruturando pequenas células de transformação que ajudam os times a testar, validar e escalar rapidamente, com repetição e coordenação contínua.

“Um exemplo é o de um grande banco que, ao redesenhar o engajamento do cliente com IA, reduziu o tempo para transformar um insight em campanha de 60-100 dias para apenas um dia, e o processo que exigia 40 funcionários e 10 handoffs passou a ser feito por 4 ou 5 funcionários sem handoffs”, Ilustra Brossi. Para ele, a integração entre áreas de negócio e tecnologia é um dos principais diferenciais de quem consegue escalar a IA com sucesso: “Não se trata de TI versus negócio. É sobre orquestrar as capacidades de toda a organização para transformar, de forma sustentável, a maneira como ela compete”.

A Bain identificou seis frentes que têm se mostrado críticas para sustentar essa jornada: 

Reimaginação de processos de ponta a ponta: olhar além dos silos organizacionais para redefinir como as principais fontes de valor contribuem para os objetivos estratégicos e financeiros da empresa;

Mobilização e cadência das equipes de solução: estruturação das equipes para testes e escalabilidade, com definição clara das etapas para minimizar obstáculos e liberar recursos financeiros;

Foco estratégico em infraestrutura e governança de dados: direcionamento de esforços e investimentos em dados para áreas de maior geração de valor, desenvolvimento de capacidade para lidar com dados não estruturados e simulados, estabelecendo governança sólida para garantir qualidade, reutilização e alinhamento com as prioridades do negócio;

Comprometimento com o escalonamento: expansão rápida e eficaz das mudanças em toda a operação, ajustada à unidade apropriada de escala (como territórios, fábricas ou segmentos de clientes);

Ciclos de feedback contínuos: sustentação da adoção por meio de mecanismos como relatórios semanais, garantindo suporte às equipes de solução no processo de escala e aumento da visibilidade das iniciativas;

Fortalecimento da parceria entre negócios e tecnologia: aumento da visibilidade das plataformas de apoio, identificação de oportunidades de reutilização e aplicação de governança apropriada em toda a organização.

A IA generativa não é apenas mais uma tecnologia, é um novo paradigma competitivo. A diferença entre líderes e retardatários não está no número de pilotos, nem no tamanho dos orçamentos, mas na capacidade de transformar ambição em execução disciplinada. A próxima vantagem competitiva não será de quem usa IA, mas de quem souber transformar com IA. As empresas que agirem agora, com foco e clareza, transformarão IA em margem, produtividade e crescimento. As que hesitarem, ficarão para trás. Com o avanço acelerado da tecnologia, a hora de agir é agora. Aquelas que conseguirem sair da experimentação e construir uma dinâmica contínua de reinvenção estarão prontas não apenas para competir, mas para liderar.