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Brasil, agosto de 2025 - O mais novo estudo conduzido pela Bain & Company revela o avanço expressivo da adoção de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) no Brasil. Segundo os dados, quase 60% dos respondentes já usaram ou usam atualmente soluções baseadas em GenAI, dos quais 57% fazem uso diário, com média de 30 minutos por dia.
A pesquisa destaca o papel crescente que essas ferramentas têm desempenhado não apenas no âmbito pessoal, mas também em atividades profissionais e educacionais – especialmente entre os chamados heavy users, usuários intensivos que ampliam o uso à medida que se familiarizam com as tecnologias. Para esse grupo, o tempo dedicado à GenAI já representa metade do tempo que dedicam a redes sociais como TikTok, WhatsApp e Instagram.
“Estamos vendo um movimento claro de incorporação da GenAI ao cotidiano das pessoas. Conforme os usuários ganham confiança e familiaridade, passam a usar a IA não só para tirar dúvidas ou pesquisar, mas também para apoiar decisões mais complexas, em um movimento de integração da tecnologia a seus fluxos pessoais e profissionais”, explica Thiago Delfino, sócio e líder da prática de AI & Solutions na Bain América do Sul.
A pesquisa mostra que o uso pessoal é majoritário: cerca de 80% dos respondentes usam GenAI em contextos do dia a dia, principalmente para tirar dúvidas e realizar pesquisas. Já os heavy users demonstram uma adesão mais ampla, com destaque para atividades de estudo e trabalho. Essa familiaridade crescente também tem impulsionado o uso de diferentes formas de interação com as ferramentas. A comunicação por mensagens de texto é a preferida por 80% dos usuários. No entantro, entre os heavy users, já se observa uma importante diversificação no uso de meios de comunicação, como voz em tempo real (39%), envio de documentos e imagens para análise (44%) e áudios gravados (29%).
“Essa variedade de interações revela que os usuários que adotaram a GenAI já estão criando experiências personalizadas com a tecnologia. Trata-se de algo que vai além do uso técnico: é uma relação próxima, dinâmica e até mesmo íntima, em que cada pessoa cria atalhos, combina plataformas e desenvolve uma conexão única com as ferramentas para buscar ideias e pedir orientações no dia a dia”, complementa Delfino.
Tal movimento não está restrito a um perfil específico – hoje, cerca de 60% da população adulta já teve contato com GenAI. “Identificamos ainda que a penetração é mais alta entre pessoas de 26 a 35 anos e nas classes com maior escolaridade e renda, nas quais 83% dos respondentes relatam já ter utilizado a AI”, explica o sócio da Bain.
O levantamento aponta que o ChatGPT lidera o mercado entre as plataformas mais populares, seja em penetração ou engajamento, e conta com o melhor índice de NPS e conversão para uso frequente, ao passo que Gemini e MetaAI disputam o segundo lugar.
Já as principais barreiras mudam de acordo com os perfis de usuário: para os heavy users, o custo das ferramentas é o principal obstáculo para adoção. Já entre os light users, a dificuldade de uso, receio sobre privacidade de dados e falta de confiança aparecem com o mesmo peso do fator custo.
O cenário traçado pela Bain mostra que a GenAI já é parte ativa da rotina digital de milhões de brasileiros – e seu uso tende a se intensificar. Com o avanço da familiaridade e o surgimento de novas formas de interação, o papel da inteligência artificial deixará de ser apenas um apoio pontual para se tornar um verdadeiro assistente na jornada de aprendizado, trabalho e tomada de decisão. A próxima fronteira será garantir acessibilidade, segurança e fluidez na experiência, tornando o uso da GenAI cada vez mais natural e impactante.