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Brasil, julho de 2024 - Há mais de um ano o varejo começou a implementar em seus processos a inteligência artificial generativa (IA Gen). Agora, uma nova pesquisa da Bain & Company revela como essa tecnologia, em escala, pode aumentar receitas e aliviar a pressão por melhores margens de lucro através de ganhos de produtividade e redução de custos.
“A inteligência artificial generativa vai remodelar o varejo de maneira significativa,” destaca Gabriele Zuccarelli, sócio e líder da prática de varejo na Bain & Company. “Após um ano, alguns varejistas já relatam casos de sucesso. Agora é essencial escalar esses casos de uso, com foco no ROI, para também acompanhar as expectativas dos consumidores que estão adotando a IA generativa em seu dia-a-dia.”
Personalização da experiência do cliente com ferramentas como assistentes de compras conversacionais por meio de IA, pesquisa aprimorada e recomendações sob medida estão entre os exemplos promissores na aplicação da tecnologia. A Bain identificou que a implementação desses casos de uso em grande escala pode aumentar a receita dos varejistas em 5 a 10%. A consultoria também conversou com consumidores, que afirmam confiar na IA para recomendações de compras personalizadas mais do que em outros casos de uso.
Em relação à adoção da IA Gen para melhorar e agilizar os esforços de marketing, os resultados são promissores, especialmente quando integrados a iniciativas para automatizar áreas como tradução e reaproveitamento de conteúdo, redes sociais e criação de landing pages dinâmicas e personalizadas. A pesquisa da Bain mostra que tais ações podem proporcionar ganhos de produtividade de marketing de 30 a 40%.
A IA Gen tem potencial para melhorar a forma como os colaboradores do varejo atuam na linha de frente, nos estoques e nos escritórios, com possíveis aumentos de produtividade de até 25%. As atividades apoiadas pela tecnologia incluem desde verificações automatizadas de inventário e alertas de reabastecimento até assistentes de pesquisa para resolução de problemas em tempo real.
O estudo ainda destaca algumas preocupações em relação à IA generativa. Por um lado, varejistas temem que grandes empresas de tecnologia intervenham nos estágios iniciais da jornada de compras, como a curadoria, criando uma relação de confiança com os clientes. Outra preocupação é a concorrência com insurgentes digitais, que podem ser mais ágeis na implementação da tecnologia.
A partir desses resultados, a Bain considera três pontos de atenção para que o varejo utilize todo o potencial da IA generativa:
Gestão: com tamanha evolução, o varejo precisa se preparar para um total redesenho de funções dentro das companhias, tanto na linha da frente quanto entre os gestores. Aqueles que se atualizarem agora vão facilitar a adoção das mudanças, que devem continuar a acontecer em ritmo acelerado;
Democratização: para expandir a implementação da IA Gen, os varejistas precisam fornecer ferramentas para todo o time, não apenas à equipe de tecnologia. Por outro lado, é necessário centralizar as capacidades relacionadas à IA para evitar retrabalho e outras ineficiências.
Talento: como as melhores práticas na implementação da IA Gen podem se desatualizar rapidamente, o varejo deve apoiar colaboradores de toda a organização na atualização contínua de novas competências em funções relacionadas à tecnologia.