We have limited Portuguese content available. View Portuguese content.

Press release

Pesquisa da Bain com Data Hackers aponta que mercado de dados segue aquecido no Brasil, mas salário sobe abaixo da inflação

Pesquisa da Bain com Data Hackers aponta que mercado de dados segue aquecido no Brasil, mas salário sobe abaixo da inflação

Confira o mapeamento completo do cenário da área de dados no Brasil em 2022 com destaque para o tema de diversidade.

  • fevereiro 28, 2023
  • min read

Press release

Pesquisa da Bain com Data Hackers aponta que mercado de dados segue aquecido no Brasil, mas salário sobe abaixo da inflação

Brasil, fevereiro de 2022 - Apesar da recente onda de demissões nas chamadas big techs (as grandes empresas de tecnologia), a pesquisa State of Data 2022, realizada pela consultoria Bain & Company e pelo Data Hackers, aponta que o mercado de trabalho brasileiro para os profissionais de dados segue bastante aquecido e com alta demanda pelas empresas.

O mais completo raio-x sobre os profissionais de dados no Brasil ouviu 4.270 respondentes em todo o país. A amostra reflete a visão de variados papéis de atuação na área de dados nas empresas — analistas, cientistas e engenheiros —, bem como diferentes níveis de experiência profissional, incluindo analistas júnior, pleno, sênior e gestores.

A pesquisa da Bain e do Data Hackers revelou uma estagnação na remuneração dos profissionais da área de dados, depois do crescimento vertiginoso de 40% entre os anos de 2019 e 2021. A variação média da remuneração em 2022 foi de 4%, menor que a inflação do mesmo período (5,9%). A maior variação positiva por faixa salarial se encontra na dos profissionais que ganham acima de R$ 16 mil por mês (15,1% em 2022 versus 13,0% em 2021). Já os níveis mais baixos de remuneração registraram pouca variação.

A pesquisa ainda revela que 33,7% das empresas de até 100 funcionários ainda não possuem profissionais de dados. A proporção destes profissionais aumenta conforme o porte: 74,1% das empresas de mais de 3 mil funcionários possuem pelo menos 50 profissionais de dados. Os segmentos de tecnologia, serviços financeiros e varejo lideram entre os segmentos que mais possuem profissionais de dados em seus quadros de funcionários.

Segmento de atuação dos atuais empregadores

“A pesquisa traz importantes diagnósticos e insights sobre o mercado de dados brasileiro. Há importantes avanços, como o notório crescimento desse segmento em companhias dos mais variados setores e a atração de profissionais com outras expertises. Mas identificamos também desafios para as empresas, como a retenção de talentos e o necessário avanço por mais diversidade”, avalia Lucas Brossi, sócio e head de Advanced Analytics da Bain & Company.

65% dos profissionais estão abertos a mudar de emprego

Apesar de 74,2% dos profissionais da área de dados continuarem satisfeitos com seus empregos atuais, o percentual de pessoas abertas a novas oportunidades disparou, passando de 40,2% em 2021 para 64,9% no atual levantamento.

Entre os profissionais insatisfeitos com o emprego atual, os motivos mais comuns são a falta de oportunidades de crescimento (44%) e o salário não compatível com o mercado (39,2%). O motivo mais relevante em 2021, a falta de maturidade analítica da empresa, agora é apenas o terceiro mais citado, com 38,4%.

Motivo de insatisfação com a empresa atual (caso insatisfeito)

A intenção de mudar de emprego nos próximos seis meses está diretamente relacionada ao nível de satisfação com a ocupação atual. Para os profissionais satisfeitos, 13,1% estão em busca de novas oportunidades dentro e fora do Brasil e 10% procuram emprego apenas fora do país. Ainda que não estejam ativamente à procura de novas oportunidades, 41,9% dos respondentes estão abertos a propostas, com um percentual relativamente constante entre todos os níveis de cargo e maior incidência entre profissionais de nível sênior (44,2%).

Remuneração é critério mais importante

O principal critério levado em consideração pelos profissionais de dados para escolher uma empresa é a remuneração, razão que recebeu 75,2% do total de menções. A flexibilidade em relação ao trabalho remoto é o segundo item mais mencionado (53,7%) e reforça o efeito prolongado do impacto da pandemia da Covid-19 nas relações de trabalho.

O aquecimento do setor e o esforço das empresas rumo à digitalização provocou também outro movimento interessante: a migração de profissionais de outros segmentos para a área de dados e o surgimento de novas posições relacionadas à analytics nas empresas. O número de profissionais com formações não relacionadas a tecnologia e exatas passou de 7,7% em 2021 para 13,5% em 2022.

Pesquisa demonstra desafios de inclusão de grupos de diversidade

A pesquisa revela que ainda persiste uma considerável sub-representação da diversidade de gênero, cor/raça/etnia, e de portadores de deficiência entre os profissionais de dados do Brasil. Em termos de gênero, apesar de representar 51,1% da população brasileira, as mulheres ainda são apenas 24,5% dos profissionais de dados. Pardos e pretos, cuja proporção na população brasileira é de 47% e 9,1% respectivamente, representam apenas 24,5% e 6,6% dos profissionais. Por fim, pessoas autodeclaradas deficientes correspondem a 6,7% da população brasileira e apenas 1,7% da amostra.

Os grupos de diversidade têm sua experiência profissional prejudicada por conta de seu gênero, cor/raça/etnia e deficiência. Das pessoas do gênero feminino, 42,6% declararam ter sua experiência afetada de alguma maneira em função de seu gênero, número que é de 31,3% para os que se declararam com gênero “Outro”. Na dimensão de cor/raça/etnia amarela, 14,3% dos respondentes de cor amarela relatam problemas em sua experiência por conta de sua cor/raça/etnia. Esse número aumenta para 18,3% para autodeclarados pardos, 21,7% para autodeclarados indígenas ou na categoria “Outros” e 57,8% para autodeclarados pretos. Para a dimensão deficiência, 36,7% dos respondentes com alguma deficiência indicam problemas em sua experiência profissional decorrentes de sua deficiência.

Os desafios de diversidade também impactam a remuneração dos profissionais. A pesquisa revela por exemplo que mulheres pardas e pretas ganham em média 23,1% menos que homens brancos em cargos de gestão.

Sobre a Bain & Company

Somos uma consultoria global que auxilia empresas e organizações a promover mudanças que definam o futuro dos negócios. Com 65 escritórios em 40 países, trabalhamos em conjunto com nossos clientes como um único time, com o propósito compartilhado de obter resultados extraordinários, superar a concorrência e redefinir indústrias. Em 2022, a Bain completou 25 anos de atuação na América do Sul, trabalhando fortemente em conjunto com as maiores companhias líderes de seus segmentos. Complementamos nosso conhecimento especializado integrado e personalizado com um ecossistema de inovação digital a fim de entregar os melhores resultados, com maior rapidez e durabilidade.

Com o compromisso de investir mais de US$ 1 bilhão em serviços pro bono em dez anos, usamos nosso talento, conhecimento especializado e percepção em prol de organizações que enfrentam atualmente os desafios urgentes relacionados ao desenvolvimento socioeconômico, meio ambiente, equidade racial e justiça social. 

Desde nossa fundação em 1973, medimos nosso sucesso pelo de nossos clientes e temos o orgulho de manter o mais alto nível de satisfação em nossa indústria. Saiba mais em www.bain.com.br e em nosso LinkedIn Bain & Company Brasil

Vector℠ is a service mark of Bain & Company, Inc.