O caminho para uma posição de liderança sênior é uma escalada extenuante. No papel, as mulheres parecem preparadas para o desafio - elas hoje compõem a maioria dos graduados das faculdades e 40% das turmas nos melhores programas de MBA. As mulheres ambiciosas e com boa formação estão realmente subindo as fileiras corporativas, mas desproporcionalmente poucas alcançam o topo.

Análise da Bain & Company aponta uma necessidade trabalhar por um equilíbrio de gênero em todos os níveis hierárquicos, uma vez que existe um forte vínculo entre a diversidade nas organizações e melhores resultados de negócios.

Mas esse ainda é um cenário distante. Um estudo conduzido pela consultoria em parceria com o Linkedin analisou o comportamento de homens e mulheres no caminho rumo aos cargos de liderança. De acordo com os dados, mesmo com 5 a 15 anos de experiência (ou meio da carreira), as mulheres estão em desvantagem em outro quesito: 56% delas demonstram interesse em ocupar posições de chefia, enquanto o índice dos homens é de 64%. Essa diferença aumenta para 11 pontos porcentuais a favor deles quando se trata de autoconfiança (57% das mulheres acreditam que conseguirão ocupar um cargo de liderança versus 66% dos homens). "As mulheres podem até se sentir menos confiantes e motivadas ao longo da carreira, conforme mostrou a pesquisa. Mas, este cenário é revertido quando os gestores se empenham no estímulo ao crescimento destas profissionais", afirma a sócia da Bain & Company, Luciana Batista. "É o que faz a diferença para chegarem à liderança", finaliza. Dados indicam que mulheres representam apenas 25,1% dos gerentes seniores e executivos das empresas integrantes do índice S&P 500 e apenas 4,4% dos CEOs, apesar dos esforços de muitas empresas para equilibrar os números.