Press release
A chegada do Open Banking trouxe inúmeras mudanças para o setor financeiro, criando uma verdadeira revolução tecnológica na indústria. Para entender os fatores que podem acelerar a adoção, a Bain & Company reuniu dados de estudos sobre o tema comparando a experiência de outros países ao cenário brasileiro.
Ao analisar a evolução do Open Banking em mais de 10 países, pode-se concluir que nos 5 países e regiões onde o avanço foi maior ele não se deu por uma regulação forte que obrigasse os bancos a abrirem seus dados, mas sim por um conjunto amplo de fatores. São eles:
Esforço de padronização da comunicação entre os bancos através das suas API’s
Nas geografias de maior sucesso do Open Banking, há um ente governamental ou privado que cria um padrão de comunicação entre os bancos participantes, acelerando a adoção. Um exemplo é o Reino Unido, onde – após um início relativamente lento e falta de padrões claros – hoje existe clareza de standards. Já são mais de 700 milhões de acessos mensais de dados por mês, sinal de forte adoção em um país com aproximadamente 50 milhões de pessoas com contas bancárias.
Participação clara e proativa dos grandes bancos com foco em inovação
Em Singapura, dois dos maiores bancos locais possuem mais de 300 API’s cada um e construíram fortes ecossistemas de parcerias ao redor das suas ofertas bancárias.
Boa estrutura para proteção de dados de cliente, autenticação e segurança
Na maior parte das vezes, isso acontece por exigências regulatórias, nem sempre associadas a serviços financeiros. Na Índia, um sistema digital de identificação das pessoas iniciado em 2009, o Aadhaar, já possui mais de 1,2 bilhões de pessoas cadastradas e acelerou a adoção de serviços financeiros digitais.
Forte ecossistema de inovação
Um ecossistema formado por startups, fundos de venture capital e grandes empresas de tecnologia que possuam capacidade de explorar as diferentes oportunidades do Open Banking. Na Inglaterra, foram mais de 360 rodadas de investimentos em fintechs em 2020, no meio da pandemia. Em Singapura, há forte presença de players de tecnologia, como a Grab (aplicativo de entregas) que vem criando múltiplas parcerias.
Quando comparamos o cenário brasileiro, a perspectiva é otimista considerando que o País tem forte presença de todos os 4 fatores:
- Os grupos de trabalho do Open Banking já estão trabalhando em padrões de comunicação e publicando as diretrizes em portal público dedicado;
- 8 dos 10 maiores bancos já possuem portais de desenvolvedores (ainda que em estágios diferentes de maturidade);
- Possui um sólido sistema legal de sigilo bancário;
- Tem forte ecossistema de inovação: foram mais de 50 rodadas de investimento em fintechs em 2020, representando 15% de todas as rodadas de startups, contra apenas 11 em 2012.
A iniciativa do Banco Central permitirá novos modelos de negócios, integrando os dados e serviços dos bancos e de terceiros, e a competição com fintechs, big techs, varejistas e outros jogadores não tradicionais vai acontecer de forma mais intensa e efetiva por meio de conexões com APIs abertas e, em múltiplos casos, padronizadas. Tudo isso visando modernizar o sistema financeiro e fomentar a inclusão e a educação financeira no país.
“O valor estratégico do Open Banking para as instituições financeiras está em ativamente acessar novos dados e clientes, e prestar novos serviços, ao invés de apenas cumprir os requisitos regulatórios mínimos e só fornecer informação”, conta Antonio Cerqueiro, sócio da Bain & Company.
Sobre a Bain & Company
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