Press release
Brasil, abril de 2023 - As catástrofes causadas pelas recentes chuvas no sudeste brasileiro são mais uma confirmação de que os eventos de alteração climática podem ter impactos relevantes no cotidiano das pessoas, mesmo no curto prazo. Análise da Bain & Company realizada em parceria com a Jupiter indica que as áreas em alto risco de precipitação na região devem aumentar de 49% para 56% até 2030, o que exige de autoridades e empresas medidas de mitigação do problema.
Infelizmente, as precipitações não são o único risco climático ao qual estamos submetidos. Bain e Jupiter também estimam que, na região sudeste do Brasil, as áreas com alto risco de aquecimento extremo -- medido pelo número de dias do ano com temperaturas acima de 35oC --, que hoje são 19%, devem subir para 40%. Isso pode intensificar, por exemplo, crises hídricas na região, bem como potencialmente impactar a agricultura e, como consequência, a disponibilidade e preços dos alimentos para a população.
Dados como esses apontam para a necessidade de autoridades, empresas e sociedade civil darem maior atenção ao tema do risco climático. Para isso, é necessário o trabalho conjunto de diferentes agentes da sociedade para:
- Mapear de forma robusta e baseada em dados os riscos climáticos específicos a que cada área está sujeita;
- Mensurar de forma cautelosa os impactos dos possíveis eventos extremos, considerando não apenas os riscos financeiros, mas também, e principalmente, os humanos;
- Construir planos de ação com iniciativas que visem a mitigar esses riscos e minimizar os impactos.
Muito se fala sobre a necessidade de os governos atuarem nesses três passos, porém empresas socialmente responsáveis também podem ter um papel relevante. Elas possuem a opção de começar a incorporar o risco climático a seu modelo de riscos em suas decisões de negócio, com o objetivo de mitigar o impacto das mudanças climáticas para seus clientes e comunidades. Por exemplo: bancos podem apoiar municipalidades, famílias e pequenas e médias empresas ao oferecer seguros de proteção contra risco climático ou mesmo financiamento a taxas diferenciadas com o objetivo de aumentar a resiliência a eventos extremos.
É válido lembrar que os riscos climáticos afetam de forma desproporcional populações menos privilegiadas. Portanto, empresas socialmente responsáveis que querem apoiar essas comunidades muitas vezes precisam buscar modelos de negócios alternativos que permitam responder às necessidades desse público, muitas vezes sub-servido pelos modelos tradicionais.
Sobre a Bain & Company
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