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"Foi com a loja física que o varejo começou e será com ela que ele vai continuar", disse Erika Serow, sócia da Bain & Company e líder de práticas de Varejo nas Américas da consultoria. Ela esteve no Brasil na última semana em um encontro com empresários do varejo e deixou claro que quem pensa que o varejo físico vai morrer deve mudar de ideia rapidinho.
"Acreditamos mais do que nunca que as lojas importam para o varejo. E acreditamos nisso por duas razões: sempre haverá alguma categoria em que o componente físico importa; e depois a compra tem sido e continuará sendo uma experiência social e tecnológica. Consumidores gostam de interagir com pessoas e tocar nos produtos", afirma.
Segundo ela, em mercados mais maduros como nos Estados Unidos e Inglaterra, 9 em cada 10 transações ainda ocorrem nas lojas. "Os clientes gastam em média 15 minutos a mais em lojas físicas do que em lojas virtuais, e pessoalmente compram mais por impulso. Eles gostam da experiência real", diz Erika.
Para reforçar o varejo físico sem deixar de lado o digital, a aposta é no click & collect. Ela afirma que um terço das compras feitas online retiradas em lojas físicas acabam gerando compras adicionais. "Há 10 anos os varejistas pensavam em lojas como uma coisa e em centros de distribuição como outra. Hoje, eles estão percebendo que a loja também pode atuar como centro de distribuição, e isso se torna uma grande vantagem", afirma.
Segundo a especialista, 88% dos varejistas que transformaram suas lojas em centros de distribuição notaram aumento significativo na satisfação dos clientes. A loja física também é responsável pelo aumento de 20% nas vendas de uma loja virtual. Se o varejista opta por fechar sua loja física e aposta somente no e-commerce, acaba perdendo 80% das vendas garantidas e os 20% que esse canal gerava para o online.