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A Bain & Company lançou a nova edição do Global Private Equity Report, que analisa globalmente os mercados dessa classe de ativos. Segundo o estudo, a indústria de private equity levantou U$ 589 bilhões no ano passado, enquanto os investimentos sofreram queda de 18% em âmbito mundial, mas permaneceram em níveis elevados, e os desinvestimentos caíram 23% em valor, também próximos aos níveis recordes.
A análise afirma que esse cenário se deve ao recorde de avaliação dos ativos, que, combinado com a concorrência de compradores corporativos, dificultou um pouco as aquisições por parte dos fundos de PE e levou à redução de valores.
“Essa ainda é uma classe de ativos muito atrativa para os investidores institucionais. A elevada captação de recursos foi motivada pela boa rentabilidade que os Limited Partners (LPs) têm obtido, somada às distribuições que os levam à necessidade de investir em novas ‘safras de fundos’”, explica o sócio da Bain & Company André Castellini.
O levantamento também ressaltou que a venda de ativos teve seu quarto melhor ano na indústria de PE, graças a 984 transações que, juntas, somaram US$ 328 bilhões. “Diversas aquisições que tinham sido negociadas nos anos anteriores foram vendidas em 2016, por isso, houve uma entrega de liquidez grande no período”, afirma André.
Com quase todos os investimentos pré-crise de 2008 já resgatados, as empresas de operações de compra estão se adaptando a uma nova fase, em que os fundos manterão empresas no seu portfólio por aproximadamente cinco anos – período maior do que a média histórica, que durava de três anos e meio a quatro anos. A Bain & Company acredita que essa tendência deve continuar no médio prazo, como resultado dos preços altos de aquisição e de retornos limitados do mercado aberto de equities.
Cenário Brasil
O panorama de private equity no Brasil em 2016 foi quase diametralmente oposto, devido à crise econômica e de confiança que levou a resultados ruins das safras recentes. O ambiente para levantar novos fundos também se mostrou extremamente desafiador por causa da recessão profunda, da desvalorização cambial, das incertezas políticas e das perspectivas de baixo crescimento econômico, mesmo diante da provável recuperação econômica. Já os desinvestimentos foram limitados, e o ambiente para realizar investimentos foi bom, até mesmo com algumas situações de preços razoáveis.
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