A metodologia OKR (Objetivos e Resultados-Chave) é um framework para gestão de metas que contribui para que as equipes trabalhem focadas em um objetivo em comum, criando alinhamento e engajamento em torno de metas mensuráveis e com cadência curta. O método foi criado pelo ex-CEO da Intel Andrew S. Groove. Em 1999, um dos investidores do Google, John Doerr, o apresentou ao Google. Desde então, a metodologia foi se tornando conhecida, por ser uma das responsáveis pelo crescimento do Google e vem sendo adotada pelas mais diversas empresas de segmentos e portes diferentes.
Os OKRs são simples de estruturar! Um OKR é composto por dois elementos: um objetivo e um conjunto de resultados-chave. Um objetivo é uma definição qualitativa do estado futuro que desejamos alcançar, e deve ser escrito de forma simples, desafiadora e motivadora. Já os resultados-chave definem como será medido que se está indo rumo ao atingimento do objetivo. Eles precisam ser quantitativos e especificar o valor atual e o valor a ser alcançado. Em outras palavras: onde estou hoje e onde quero chegar ao final do ciclo.
Defina muitos OKRs e ninguém se lembrará deles
Uma dica importante para a aplicação de OKRs é se atentar à quantidade dos objetivos e KRs escritos. A boa prática recomenda escrever de três a cinco objetivos com no máximo cinco KRs para cada um. Outra dica valiosa para fazer bons OKRs é escrever objetivos curtos e fáceis de memorizar, que podem ser informais e divertidos, se forem usadas expressões ou piadas internas que se encaixem na cultura da empresa.
Além da simplicidade de aplicação, é possível aplicar o método de maneira incremental, começando com uma equipe até de fato construir OKRs estratégicos para a organização como um todo.
A diferença entre OKR e KPI
Um KPI (Indicador-Chave de Performance) é utilizado para medir o desempenho dos processos de uma equipe ou empresa e avaliar o alcance dos seus objetivos. Enquanto os OKRs ajudam a ligar o que se deseja com a realidade e apoiam na evolução para outro patamar, os KPIs têm como objetivo medir o sucesso, a saída, a quantidade ou a qualidade de um processo ou atividade em andamento, a fim de mostrar se o caminho está certo, em direção à meta planejada.
Ao explorar a diferença entre KRs e KPIs, é importante que os KRs sejam sensíveis no intervalo de tempo, e que sejam métricas com maior correlação com o objetivo definido. Já os KPIs podem ser métricas com menor correlação e, muitas vezes, são impactados por diversos eventos. Em uma analogia com o Waze, alcançar o destino final seria o objetivo; os indicadores do Waze seriam os KRs; e as informações do veículo (tanque de combustível, velocímetro, pressão dos pneus, entre outras) seriam os KPIs.
Uma visão para determinar o sucesso ou o fracasso
Outro ponto importante da metodologia OKR é que ajuda a definir critérios de sucesso ou fracasso. Quando estruturado adequadamente, o OKR permite que equipes ou empresas definam critérios de sucesso claros, mensuráveis e compartilhados para alcançar o sucesso.
Sempre é preciso perguntar se os OKRs estão mostrando o que é sucesso. Para isso, na elaboração de um OKR, é fundamental avaliar se o que está sendo medido são resultados, e não esforços. Os OKRs precisam estar de fato focados em um objetivo, e não nos meios para se chegar a ele.
Para focar em um valor, é necessário separar os OKRs das tarefas que planejamos realizar para alcançá-los. Afinal, tarefas são hipóteses e, se uma equipe fizer todas as suas tarefas e elas não levaram a nada, isso não é sucesso.