Brief
Nos últimos anos, foi fácil notar o aumento da importância de temas relacionados a paridade de gênero, diversidade e inclusão na sociedade brasileira. Em 2013, quando a Bain publicou o estudo “Sem atalhos: o caminho das mulheres para alcançarem o topo”, buscas no Google pelo termo “empoderamento feminino”, por exemplo, eram praticamente nulas. Desde 2015, essa mesma busca cresceu ~24 vezes.
A relevância desses temas também se evidencia no ambiente corporativo. Dentre os quase 1.000 profissionais que participaram da pesquisa realizada no Brasil no primeiro trimestre de 2019 pela Bain & Company, em parceria com o LinkedIn, 82% das mulheres e 66% dos homens acreditam que a paridade de gênero deve estar entre as prioridades estratégicas de suas respectivas organizações. No caso das mulheres, é um aumento de 11 pontos desde a última pesquisa.
Ainda que a conscientização sobre a importância do tema seja alta, a percepção dos respondentes é que as empresas ainda dão pouca atenção à questão. Apenas 38% das mulheres acredita que os líderes de sua organização consideram a conquista da igualdade de gênero um imperativo estratégico. Na perspectiva das mulheres, houve progresso no comprometimento da liderança em tratar igualdade de gênero como tema prioritário (de 31% para 41%), assim como na disponibilização de recursos necessários à implementação de iniciativas de igualdade de gênero (de 33% para 44%), mas o índice de atuação ainda é baixo.
Neste relatório, a Bain & Company e o LinkedIn dão recomendações práticas para ajudar uma organização a promover maior diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, com foco na conquista da paridade de gênero na liderança—muitas vezes o ponto de partida que desencadeia ações de diversidade e inclusão para outras minorias. Nossas conclusões são baseadas em uma extensa pesquisa com participantes do mercado de trabalho e entrevistas com líderes e especialistas no Brasil, bem como uma série de estudos globais da Bain & Company e do LinkedIn sobre diversidade e inclusão.